Componentes da WebQuest
Há cinco componentes na elaboração de uma WebQuest: uma introdução que deve ser apelativa, seguindo-se a explicitação das tarefas a desenvolver. No processo são indicadas as fases ou etapas a seguir para realizar a tarefa e os recursos ou fontes a consultar ou a analisar. Na avaliação é mencionada a forma como os alunos vão ser avaliados e na conclusão são indicadas as vantagens da realização do trabalho e o aluno deve ser desafiado para nova pesquisa. De seguida, as componentes vão ser caraterizadas com base na informação apresentada nos "Building blocks of a Webquest" e na "Taskonomy" de B. Dodge.
IntroduçãoA introdução deve ser motivadora e desafiante para os alunos, levando-os a empenharem-se na WebQuest.
A motivação deve ser temática e cognitiva. A motivação temática desperta o aluno para o assunto a abordar, enquanto que a motivação cognitiva atenta nos conhecimentos prévios do sujeito e sugere aspetos que vão ser focados.
Tarefa (s)Explicita-se a tarefa ou tarefas a realizar. Pode ser responder a uma pergunta, comparar opiniões, realizar gráficos com os dados recolhidos, etc. No texto de Dodge sobre as tarefas (taskonomy) sugere 12 tipos de tarefas: ► redigir o que se leu (contar) ► compilação de dados ► mistério (papel de detective) ► jornalismo (papel de repórter) ► criar um produto ou planear uma ação ► produtos criativos (criar uma história, poema, canção, um poster, uma pintura) ► criar consenso ► persuasão (ponto de vista a apresentar, por exemplo, na câmara; escrever uma carta, um editorial; fazer um poster; criar um vídeo publicitário) ► conhece-te! (reflexão sobre quem se é; objetivos a longo prazo; questões éticas e morais; como melhorar determinadas facetas; apreciar arte, etc) ► tarefas analíticas (olhar atentamente para um ou vários aspetos e identificar semelhanças e diferenças) ► Julgar/avaliar (o aluno dispõe de vários itens e tem que os ordenar ou classificar ou, ainda, escolher entre algumas opções) ► tarefas científicas (definir hipóteses, testar hipóteses; descrever os resultados e interpretá-los) É preciso ter em atenção o nível cognitivo da tarefa: a sua exigência (dificuldade). Bellofatto et al. (2001b), no texto “Creating A Rubric for a Given Task”, sugerem critérios para medir determinada tarefa que estão representados no quadro 1.
Quadro 1 – Dimensões para avaliar a tarefa segundo Bellofatto et al. (2001b) Indicam-se as fases ou etapas a seguir e os recursos a consultar. Devem ser dadas orientações pormenorizadas (passo a passo) de como os alunos realizam a tarefa. No processo deve-se atentar na clareza do mesmo (as etapas estão claramente descritas), na estrutura (o processo apresenta estratégias e ferramentas para aceder e adquirir conhecimento para realizar as tarefas) e na sua riqueza (diversidade de papeis para o aluno compreender diferentes perspetivas e partilhar responsabilidade na execução das tarefas). Segue-se um quadro proposto por Bernie Dodge, em 1999, constituído por doze itens que tanto pode ser utilizado pelo autor da WebQuest para avaliar o processo como por um colega. O objetivo é melhorar as etapas do processo até se poder indicar "sim" em todos os itens.
Os recursos ou fontes a consultar devem estar disponíveis na Web. Em casos particulares, também podem ser dadas referências não disponíveis online, sempre que a temática o justifique. É preciso atentar na quantidade e na qualidade dos recursos. Cremos que um dos elementos que realmente motiva os alunos é o facto da informação estar disponível na Web!
AvaliaçãoDeve indicar como o desempenho dos alunos será avaliado. Referir se a avaliação é para o grupo ou se também é individual. Convém incluir os indicadores qualitativos e quantitativos de avaliação.
ConclusãoÉ disponibilizado um resumo da experiência proporcionada pela WebQuest, salientando as vantagens de realizar este trabalho. Deve-se também despertar curiosidade para pesquisas futuras. Pode-se colocar uma pergunta, um problema para resolver, um site para explorar, entre outros. |
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© Ana Amélia Amorim Carvalho |