5. O Epílogo

Ícone iDevice 2. Sucesso de “Honra e Paixão”

[Luísa] - É uma honra prá família!...

Jorge concordou. Passeava pela sala fumando; e disse que gozava tanto a coroa, como se tivesse direito a usá-la....

E Ernestinho voltando-se logo para ele:

- Sabes que lhe perdoei, primo Jorge? Perdoei à esposa...

- Como Cristo...

- Como Cristo - confirmou Ernestinho, com satisfação.

D. Felicidade aprovou logo:

- Fez muito bem! Até é mais moral!

- O Jorge é que queria que eu desse cabo dela - disse Ernestinho, rindo tolamente. - Não se lembra naquela noite...

- Sim, sim - fez Jorge, rindo também, nervosamente.

[Jorge sente-se transtornado, Sebastião desculpa-o dizendo que está adoentado.]

Ernestinho que não se podia demorar, ofereceu logo ao Conselheiro e a Julião - “a sua carruagem, que era uma caleche, se iam para a Baixa...”

- Que honra - exclamou Julião olhando Acácio - irmos na tipóia do Grande Homem!

E enquanto D. Felicidade se agasalhava, os três desceram.

No meio da escada Julião parou, e cruzando os braços:

- Ora aqui vou eu entre os representantes dos dois grandes movimentos de Portugal desde 1820. A Literatura - e cumprimentou Ernestinho - e o Constitucionalismo - e curvou-se para o Conselheiro.

Os dois riram, lisonjeados.

- E o amigo Zuzarte?

- Eu? - E baixando a voz: - Até há dias um revolucionário terrível. Mas agora...

- O quê?

- Um amigo da Ordem - gritou com júbilo.

E desceram, contentes de si e do seu país, para se meterem na tipóia do Grande Homem! (403-404)


Contexto Interno
   
Contexto Referencial
   

 

Perspectivas

Atmosfera Romântica
   
Indícios/símbolos
   
Decadência
   
Ordem/desordem
   
Intertextualidade
   
Ironia