3. O Adultério

Ícone iDevice 1. Juliana e a Carta Adorada

[Juliana entregara a Luísa uma carta que Basílio enviara do hotel.]

Desde pela manhã a Joana achava-lhe o "ar esquisito". Sentira-a desde as sete horas varrer, espanejar, sacudir, lavar as vidraças da sala de jantar, arrumar as louças no aparador. E com uma azáfama! Ouvira-a cantar a Carta adorada, ao mesmo tempo que os canários, nas varandas abertas, chilreavam estridentemente ao sol. Quando veio tomar o seu café à cozinha não palestrou como de costume; parecia preocupada e ausente.

Joana até lhe perguntou:

- Sente-se pior, srª Juliana?

-Eu? Graças a Deus, nunca me senti tão bem.

- Como a vejo tão calada ...

- A malucar cá por dentro ... A gente nem sempre está para grulhar.

Apesar de serem nove horas, não quisera acordar a senhora. - Deixá-la descansar, coitada - disse. (172)


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