Minicaso 1 - Funcionários honestos
Normativa
O extrato “funcionários honestos” apresenta-nos o caso verídico de três funcionários camarários que encontraram uma quantia avultada de dinheiro enquanto recolhiam lixo. Apesar da soma, não hesitaram e devolveram o dinheiro aos legítimos proprietários.
Todos os dias cumprimos um conjunto de regras de princípios que funcionam como instrumentos sociais que nos permitem viver em conjunto. Os funcionários em questão cumpriram a regra social de devolver algo que não lhes pertence.
Os seres humanos protagonizam ações diárias que têm na sua génese escolhas, umas aparentemente mais simples, outras profundamente exigentes, mas todas têm em comum essa realidade que é a vontade humana e o desejo na relação que mantemos uns com os outros de pautarmos a nossa conduta por princípios que serão um importante guia para refletirmos sobre o que é certo e errado. Sabemos que há princípios que devemos respeitar, pois se assim não fosse a vida em sociedade seria impraticável.
Deontológica
O extrato em questão mostra-nos que os funcionários prezam o dever de cumprir as suas obrigações profissionais, privilegiando a honestidade acima de qualquer outro valor.
Kant (1724-1804) advogava o princípio que o valor moral de uma ação dependia apenas da intenção do sujeito. A intenção significa uma ação do agente como ser dotado de vontade. Na filosofia kantiana é necessário determinar a intenção do agente para encontrar o valor moral da sua ação.
A intenção é moralmente boa quando o agente se predispõe a cumprir o dever pelo dever. A ética kantiana é uma ética do dever, pois, a exigência moral apresenta-se sob a forma de uma obrigação.
Os três funcionários de acordo com a filosofia kantiana agiram de forma a cumprir absolutamente o seu dever, portanto, o dever é a necessidade de uma ação por puro respeito à lei, independentemente dos seus resultados.