1. A Vida Burguesa

Ícone iDevice 5. Honra e Paixão

[Ernestinho lê um extracto da peça que escreveu e que está a ensaiar.]

Agatha! ... É a mulher; isto aqui é a cena com o marido, o marido já sabe tudo ...

AGATHA (caindo de joelhos aos pés de Júlio)

"Mas mata-me! Mata-me por piedade! Antes a morte, que ver, com esses desprezos, o coração rasgado fibra a fibra".

JÚLIO

"E não me rasgaste tu também o coração? Tiveste tu piedade? Não. Retalhaste-mo! Meu Deus, eu que a julgava pura, nessas horas em que arrebatados ..."

 

O reposteiro franziu-se. Sentiu-se um fino tilintar de chávenas. Era Juliana, de avental branco, com o chá.

- Que pena! - exclamou Luísa. - Depois do chá se lê.

[O empresário quer que o marido perdoe à adúltera. Todos se admiram. O Conselheiro] com uma voz persuasiva:

- Dá mais alegria à peça, sr. Ledesma. O espectador sai mais aliviado! Deixe sair o espectador aliviado!

- Mais um bolinho , Conselheiro?

- Estou repleto, minha prezada senhora.

E, então, invocou a opinião de Jorge. Não lhe parecia que o bom Ernesto devia perdoar?

- Eu Conselheiro? De modo nenhum. Sou pela morte. Sou inteiramente pela morte! E exijo que a mates, Ernestinho! (46-47)


Contexto interno
   

 

Perspectivas

Atmosfera romântica
   
Indícios/símbolos
   
Decadência
   
Aparência/realidade
   
Ordem/Desordem
   
Intertextualidade
   
Romance de tese